Morte de Artemis

Domingo dia 26/06/2011
morre Artemis, pequena aranha
pulou do abismo de sua existência
correu para liberdade
sem saber que seu carro
era o corpo em combustão
que lentamente foi tomada pela atmosfera
fria que foi dominando-a
queimando suas resistências
foi para seu ninho
e nele deixou seu corpo morrer
sem choro, tristeza ou entendimento
somente deixou
como uma folha que se deixa cair ao vento

Laranja Mitológica

Laoconte morreu

porque quis dar de esperto

quis impedir o que não era incerto

sobre a vontade de deuses sem saber

o mito da laranja inconsciente

não tão esperto derepente

virou comida de serpente

matéria "o ser humano é o parasita mais monstruoso do mundo"

http://www.folhabv.com.br/Noticia_Impressa.php?id=108147#

Mundo dos Espelhos

observo o mundo por espelhos
prismas que me rodeiam
vejo o mundo que está em minhas costas
por uma fresta do olhar
podendo assim despir do pudor de encarar
e deduzir e notar
coisas que outros com menos pudor
não se censuram em observar
olho as imagens da janela do trem
que passam rápidas e desaparecem
como enfumaçadas nuvens que passam
momentos que não me pertencem
dores que não são minhas
gozos alheios tão pequenos
valores diferentes encontro pelo caminho
nenhum tomo pra mim
nada vale meu fim

Felipe Turner - Love Me Two Times

OLHAR DE POETA

NÃO SABES A FORÇA QUE TENS
DOS OLHOS RUBROS DE CHAMAS ARDENTES
CASTANHOS NATOS COMO BARRO MOLHADO
MOLDADO ENTRE AS MÃOS DE ARTESÃOS
MODELADO EM CURVAS RARAS AO PÉ DA FLOR
FLOR BATIZADA COM ÁGUA DA VIDA
NO AMOR DA FORÇA EXPLENDIDA PELA CRIAÇÃO
SENTIMENTAL FORÇA PELA ADORAÇÃO DOS OLHOS
ENORMES E VIVOS COMO RELICÁRIO
QUE SE RECEBE PRECES LANÇADAS DA ESTÉRPE
POR SER TÃO DIVINA A IMAGEM DOS OLHOS
QUE ACATA ATENÇÃO DE QUALQUER MORTAL
NÃO SABES DA FORÇA QUE TENS
NOS OLHOS RUBROS COM CHAMA ARDENTE DE ARTE
NEGROS NATOS SE FAZ UM LUAR INFINITO
VINDO DE SURDINA DE ENCONTRO A MIM
NA DOCE RESSONÂNCIA DA GAITA UM GEMIDO
PRESENTEANDO OS DEUSES COM A SUA ENERGIA KOSMIKA CELESTIAL!

de Poetiza Seixas para Felipe Turner

deserto do ser

tenho sede de.ser.to do ser
o que queres de.ser.to do universo?
o de.ser.to do mundo não tem nada a oferecer
de.ser.to do ser se torna uno no ato
de.ser.to do ser é secas as fontes
talvez... de.ser.to do ser é santifica-las
de.ser.to do ser é uno
de.ser.to do ser é luz
de.ser.to do ser é pó
de.ser.to do ser é tudo e nada mais
desliza por minhas dumas?
minhas dumas são para fortes de.ser.to do ser
meu de.ser.to não tem nada a oferecer
de.ser.to do ser todos querem
de.ser.to do ser ninguém tem
pois de.ser.to do ser não é propriedade
nem autoridade, mesmo assim
de.ser.to do ser é toda grandiosidade
de.ser.to do universo é uno
deserto é ser de certo
o de.ser.to do ser não é ter
de.ser.to do ser, de.ser.to do universo é por si.